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domingo, 4 de outubro de 2009

MULHERES: O PREÇO DE UMA FAMÍLIA

Teoricamente, as empresárias, as mulheres que “alcançaram tudo”, não parecem ter problemas com dinheiro ou de igualdade. Contudo, há notícias assustadoras.
Três alunas venceram um prêmio concedido à melhor idéia empresarial que, caso não fosse real, poderia ser tirada do famoso livro de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo, do qual muitas profecias já foram cumpridas. Esta poderia ser mais uma: “Programe sua vida e também sua carreira como se fosse um fundo de pensão... congele seus óvulos e tenha um filho quando já tiver vencido”.
A cada ano, os alunos do programa Master elaboram um “bussiness plan”, analisado e qualificado por um jurado. Este ano, o primeiro lugar foi para umas peculiares empreendedoras, cujo trabalho estaria centrado em “melhorar a vida das mulheres”. Como? Por meio de uma gama de serviços que possibilitem parar o relógio biológico de acordo com a vontade. O argumento defendido por tão singulares vendedoras do produto foi: “Nas mulheres, a idade fértil coincide com a época de ascensão profissional... a única solução é atrasar a maternidade. Deste modo, podemos ter tudo.”
Tudo? A que preço? Este é o problema: querer ter tudo... sem mudar nada – nas entrelinhas está claro – para atingir a meta. Equivale a seguir o papel do homem do século passado, ou seja, aceitar, de cara, que não há nada a ser mudado na empresa e na sociedade. Para elas, não existem políticas de conciliação trabalho-família ou correções de rota.
Para uma boa profissional, a flexibilidade de tempo e de lugar, como modo de trabalho, é vista com receio em detrimento das longas horas no escritório. A realidade é assim e a aceitam... mudando o que são, quer dizer, mulheres com ambição não apenas profissional, mas também familiar.
Caso a empresa não incorpore a maternidade e a paternidade como um valor da empresa, será impossível querer humanizá-la. Como sabemos, a discriminação no trabalho não se deve ao sexo, mas à maternidade. “Venham mulheres, estudem, trabalhem, votem, sejam tudo... menos mães”. Esta é a ilusão mais perversa da igualdade oficial, da louca vida do trabalho em que andamos imersas. Somos nós, com a cumplicidade dos homens, que devemos mudar essa realidade, dia a dia.

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